1ª Parte: a Crise de 1929
Crise de 1929 – Resumo das causas
A
Crise de 1929, que ficou popularmente conhecida como
A Grande Depressão, foi uma grande crise econômica que persistiu até a
Segunda Guerra Mundial,
sendo considerado como o pior e mais longo período de recessão
econômico que o século XX já passou. Entre todas as consequências que a
crise trouxe, podemos citar as elevadas taxas de desemprego, a
diminuição da produção industrial de diversos países, assim como as
drásticas quedas dos PIB’s, dos preços de ações, entre outros.
Praticamente todo o mundo se viu envolto a este momento difícil, que
prejudicou as atividades econômicas de dezenas de países.
Início
A partir de julho de 1929 a produção industrial americana começava a
cair dando início ao que seria conhecida como A Grande Depressão, essa
recessão econômica se arrastou até o dia 24 de outubro, quando a
bolsa de valores de Nova York e a
New Stock Exchange
viram os valores de suas ações despencarem completamente, fazendo com
que milhares de acionistas perdessem tudo praticamente da noite pra o
dia. A partir daí aconteceram os fechamentos de centenas de empresas
comerciais e industriais, o que elevaram drasticamente as taxas de
desemprego e pioraram ainda mais os efeitos da recessão.
Causas da Crise de 1929
Quando a Primeira Guerra Mundial chegou ao fim, alguns países
europeus estavam com suas economias enfraquecidas, enquanto que os
Estados Unidos cresciam cada vez mais, lucrando com a exportação de
alimentos e produtos industrializados. Em decorrência disso a produção
norte-americana se acostumou com esse crescimento, o que aumentou dia
após dia, principalmente entre os anos de 1918 e 1928. Era um cenário
com muitos empregos, preço baixo, elevada produção na agricultura e a
expansão do crédito que incentivada o consumismo desenfreado.
O problema para os
Estados Unidos foi que a
Europa
começou a se reestabelecer, o que levou a importar cada vez menos dos
Estados Unidos. Agora a indústria norte-americana não tinha mais para
quem vender a quantidade exacerbada de mercadorias, havendo mais
produtos do que procura. Isso levou a diminuição do preço, queda da
produção, e consequentemente, aumento do desemprego. Esses fatores
provocaram a queda dos lucros e a paralisação do comércio, ocasionando a
queda das ações da bolsa de valores, quebrando-a em seguida. Em
resumo,
a crise de 1929 se deu graças a superprodução, que não estava preparada
para a falta de procura, e acabou com todas as mercadorias encalhadas.
Muitos
países sofreram com a grande recessão
americana, resultando em grandes efeitos bem parecidos com os Estados
Unidos da América – fechamento de estabelecimentos bancários,
comerciais, financeiros e industriais, que resultaram na demissão de
milhares de trabalhadores. No
Brasil, a crise atingiu o setor cafeeiro. Os EUA eram os maiores compradores do
café
brasileiro, que em meio a esta turbulência fez com que o Brasil se
visse em uma situação de diminuição de suas exportações. Para que o
produto não fosse desvalorizado, o governo brasileiro comprou e queimou
toneladas de café, diminuindo a oferta e mantendo o preço do principal
produto do país. Isto induziu os cafeicultores a investiram no setor
industrial, o que de certa forma foi positivo para a indústria
brasileira.
Resumo sobre o fim da crise
Buscando uma solução para o grave problema, os eleitores americanos decidiram eleger o democrata
Franklin Delane Roosevelt à Presidência, na esperança de que ele reerguesse a economia americana. No ano de 1933 ele pôs em prática o
New Deal,
que fazia com que o governo passasse a controlar os preços e a produção
das industrias e fazendas. Assim foi possível controlar a inflação e
evitar que houvesse acúmulo de estoques. O Plano também inseria
investimentos em obras públicas, como a melhoria das estradas,
ferrovias, energia elétrica, entre outros. Desta forma começaram a
aparecer os primeiros resultados, havendo uma diminuição significativa
do desemprego.
Com o desenvolvimento do programa, a economia norte-americana foi aos
poucos voltando a entrar no rumo, e no início da década de 1940 ela já
funcionava normalmente.
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2ª parte: Os Fascismos
Fascismo é a denominação que se dá ao regime político que surgiu na
Europa entre 1919 e 1945, portanto, no intercurso das duas grandes guerras mundiais (
I Guerra Mundial e
II Guerra Mundial). Suas características básicas são: o totalitarismo, o nacionalismo, o idealismo e o
militarismo.
Benito Mussolini
De modo geral o fascismo é identificado como o regime implantado por
Benito Mussolini na
Itália no período do pós-guerra. Contudo, ainda que a Itália seja o berço dessa
ideologia,
a Europa viveu sob ameaça de expansão deste regime durante toda a
década de 1930. O fenômeno fascista estendeu-se para outros países
europeus como Espanha (
Francisco Franco), Portugal (Salazar), entre outros.
Os italianos eram um povo que possuía um extremo sentimento de
nacionalismo. Sua identidade enquanto nação era determinada pela unidade
de raça, língua, cultura e território. Este sentimento de nacionalidade
foi profundamente atingido - no período do pós-guerra - pelo não
cumprimento integral das promessas por parte dos Aliados da guerra. A I
Guerra Mundial trouxera conseqüências desastrosas para a Itália, o país
encontrava destroçado e os Aliados recusaram-se a cumprir os acordos
feitos. Os italianos sentiram-se humilhados e foi deste sentimento de
nacionalismo ferido que se estruturou na Itália o regime fascista.
Em
meio
às agitações do período, provocadas pela profunda crise econômica que a
Itália vivia – situação que se agravava pelas greves e manifestações de
trabalhadores insatisfeitos - Benito Mussolini, antigo agitador social,
é convocado para chefiar o país. Encarregado de organizar um novo
gabinete Mussolini dissolveu partidos de oposição e assumiu o comando do
país.
Apesar de ter origem oficialmente em 1919, o fascismo torna-se
conhecido
a partir de 1922, quando Mussolini chega ao poder. Um mês depois de
assumir o comando do estado italiano, o Parlamento lhe concederia plenos
poderes enquanto governo. Benito Mussolini baseou o Estado fascista no
corporativismo, no intervencionismo econômico por parte do Estado e
também no expansionismo militarista. Mussolini permaneceu no poder até
1943. Foram, portanto, 21 anos de governo sob o regime fascista,
resumido por Benito Mussolini da seguinte forma: “Tudo para o Estado,
nada contra o Estado, nada fora do Estado”.
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