sexta-feira, 20 de março de 2020

Revisão para o 2º Ano - Revolução Francesa

Revolução Francesa - a Época da Convenção.



A Convenção Nacional (1792-95)



A primeira atitude da Convenção foi abolir a monarquia e proclamar a República. Tentava-se instaurar um novo tempo marcado pelos princípios de igualdade, fraternidade e liberdade. Para tanto se formulou, inclusive, um novo calendário, com a finalidade de marcar uma nova era. 



Nesse momento de grande agitação política havia três grandes grupos políticos em cena:



Girondinos – representavam à burguesia comercial e industrial. Eram contra a participação popular na revolução, uma vez que essa participação poderia significar alterações em relação à propriedade privada (se sentaram do lado direito da Convenção, dando origem à ideia da “direita” ligada ao conservadorismo).


Jacobinos – representavam a pequena burguesia e as camadas populares e desejavam aprofundar a revolução (se posicionaram do lado esquerdo, originando uma concepção de radicalismo para a “esquerda”).
Grupo da Planície – composto por grandes banqueiros agiam de acordo com os seus interesses imediatos, ora apoiando os girondinos ora apoiando os jacobinos (se posicionaram no “centro” durante a Convenção). 
Mais tarde os revolucionários franceses descobririam o cofre da família real, documentos e a troca de correspondência entre Maria Antonieta e monarquias europeias, fornecendo subsídios para a acusação dos monarcas. Em 1793 a Convenção declara o rei Luiz XVI culpado de traição, condenando-o a morte, o que acontece na guilhotina, em plena praça pública. Pouco depois seria a vez de Maria Antonieta passar igualmente pela lamina da “navalha nacional”. Como seria de se esperar, a execução do monarca francês gera muitas reações, principalmente de países estrangeiros.
Em 2 de julho de 1793 os jacobinos, com o apoio da guarda nacional cercam a Convenção Nacional, tiram os girondinos do poder e se declaram em estado insurrecional, é o inicio da Convenção Montanhesa e da radicalização da revolução, o terror efetivamente entre em cena. Criam-se órgãos especiais para defender a revolução: 
Comitê de Salvação Pública (que efetivamente exercia o poder, composto por nove membros). 
O Comitê de Segurança Geral (espécie de polícia política). 

O Tribunal Revolucionário (responsável investigação e julgamento sumário dos suspeitos). Criado pelo girondino Danton será amplamente utilizado pelo jacobino Robespierre (chamado de o “incorruptível”) como instrumento para caçar e punir qualquer suspeito de ser contrarrevolucionário. 
Começa a período de terror da revolução, um período de radicalização, onde os jacobinos iriam perseguir e guilhotinar milhares de pessoas, inclusive, seus antigos líderes. Calcula-se que em menos de um ano sob o comando de Robespierre foram mandados para a guilhotina milhares de pessoas, inclusive, o próprio Danton (4 meses após ele ter criado o mesmo Tribunal Revolucionário).
Principais medidas do governo Jacobino:
  • Aboliu a escravidão nas colônias; 
  • Ensino público e gratuito; 
  • Confisco das propriedades da nobreza emigrada; 
  • Reforma agrária; 
  • Criação de um novo exército, com ampla participação popular; 
  • Direito a insurreição popular. 
Contudo, o terror levado a cabo pelos jacobinos, aliado a execução de figuras populares como Danton fez com que perdessem o apoio dos deputados e dos sans-culottes, abrindo espaço para a alta burguesia tomasse o poder instaurando um governo de caráter moderado: o Diretório.
Na imagem um sans-culottes assiste a execução do rei Luis XVI. Descansando o pé na cabeça de um clérigo o revolucionário toca violino em uma cena aterradora. Próximo à plataforma outros revolucionários assistem a cena (repare nos gorros) e ao fundo uma Igreja arde em chamas.
Nessa imagem, os revolucionários são tratados pela imprensa inglesa de forma animalesca. De fato, no momento em que líderes da revolução não condenaram a morte brutal dos guardas que tinham a função de proteger a Bastilha, abria-se uma porta para o terror e a máquina certeira da guilhotina fazer suas milhares de vítimas.

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